o
vento uiva pelas janelas
e
as frestas abandonam-se
como
entidades mitológicas, ganham vida
invencível
é a vontade de palavras
enquanto
acreditar nessa força
na
loucura do vento, e das horas que seguem
em
frente ao papel branco, vazio, insano
não
estou diante da máquina, estou absorvendo
as
lufadas dessa agitação pelos poros
nas
possibilidades que provocam minhas mãos